
Conscientização ecológica é importante até debaixo d’água!
Muitos sabem que as árvores e outras plantas são responsáveis pelo processo de filtração do gás carbônico em oxigênio, logo, chamar a Amazônia de pulmão do planeta não é um exagero, muito menos lutar para protegê-la. No entanto, não são apenas as plantas terrestres que prestam esse serviço vital ao ecossistema. Debaixo da água do mar ou das águas doces, as algas - ou fitoplâncton - também produzem a fotossíntese, e são essenciais para a, digamos, ‘manutenção’ da nossa atmosfera.
Contudo, mesmo lidando diariamente com as consequências geradas pelo efeito estufa, aquecimento global e poluição, há quem ainda não entenda a importância da preservação do meio-ambiente como uma cadeia, um processo cíclico de vida vulnerável a qualquer alteração.
Atividades como a pesca predatória, o despejo de lixo e material químico nas águas acabarão por comprometer o equilíbrio vital do planeta, já que a superfície da Terra é 70% água (desse montante apenas 1% é potável, os outros 2% são as geleiras).
Não adianta sonhar com um desenvolvimento e progresso fazendo ambos acontecerem à custa da natureza. A construção de pontes, portos, túneis subterrâneos e arranha-céus pode ser gloriosa, mas não vamos nos esquecer que desrespeitar as leis naturais faz com que um belo dia venha um tsunami, um terremoto ou ainda um tornado e os derrube todos.
O Greenpeace Brasil elaborou um relatório muito importante sobre a preservação dos mares chamado À Deriva - Um Panorama dos Mares Brasileiros, dividido em quatro temas prioritários: Áreas Marinhas Protegidas, Estoques Pesqueiros, Clima e Política Nacional. Tal relatório deveria ser lido por todos, pois visa à conscientização de que os mares são um legado das pessoas e que devemos exigir sua preservação como um direito.
Por Maricy Ferrazzo
Abaixo estão detalhes dos capítulos do relatório divulgado no site do Greenpeace Brasil:
Mares desprotegidos
O mar quando quebra na praia é bonito, mas também poluído e degradado em termos de biodiversidade e recursos pesqueiros. Os oceanos, que cobrem mais de 70% da superfície do planeta e são fundamentais para o seu equilíbrio climático, estão agonizando em praia pública. E apesar de todos os sinais do iminente colapso, pouco ou nada se faz para evitar essa catástrofe
Ilusão da fartura infinita
A imensidão do mar sempre nos deu a sensação de que temos uma fonte inesgotável de comida logo ali, no litoral. Não é bem assim. Apenas 10% dos oceanos são produtivos em termos de pesca, os 90% restantes são quase desérticos. Mas ainda assim deles retiramos boa parte de nosso sustento alimentar. O problema é que tiramos e tiramos recursos do mar, sem dar tempo para ele se recompor. E de onde tudo se colhe e nada se planta, tudo pode acabar.
Amortecedor climático do planeta
Não se fala de outra coisa: o aquecimento global está aí e tem causado inúmeros problemas no planeta. Mas o que não se comenta é o papel fundamental dos oceanos nessa história toda. São eles o grande amortecedor climático do planeta e vêm acomodando a variação da temperatura desde os tempos da Revolução Industrial (século 18). Mas para tudo há um limite e este chegou também para os oceanos.
Prioridade Nacional
O Brasil tem uma Secretaria de Pesca (Seap), um Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), um Ministério do Meio Ambiente (MMA), a Marinha, mas... quem cuida do mar, afinal? Ninguém sabe, nem os integrantes dos órgãos citados. O descaso brasileiro em relação ao mar é por falta de uma organização na gestão, ausência de governança e falta de prioridade. São vários setores do governo cuidando da mesma questão e deixando várias outras à deriva.
Baixe o relatório À Deriva - Um Panorama dos Mares Brasileiros
Fonte e imagem: Divulgação/ Greenpeace Brasil
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